Rookmaker I

09 abril 2012

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Terminei de ler o pequeno (e fantástico) livro de H.R. Rookmaaker entitulado "A arte não precisa de justificativa". Quando comecei a ler fiquei realmente encantada, logo pensei em trazer algo pra vocês mas achei que um post não seria suficiente, por que quero contextualizar com algumas ideias e situações minhas. Como seria complicado fazer por capítulo, vou selecionar trechos, e no mais vocês corram e comprem por que é ótimo (e polêmico xD).

Mas antes...Quem é Rookmaaker? Se você tem bom gosto musical ouviu a citação através dos lindos do PALAVRANTIGA (algum ser consegue viver sem escutá-los?! Se consegue irei aí te pegar agora kaopksap /brimks -t).

Hans Rookmaaker foi um escritor holandês (1922 - 1977), fundador e professor do departamento de história da arte da Universidade Livre de Amsterdã. "Deixou dezenas de livros publicados, abordando as relações entre a cultura e o cristianismo, centenas de artigos, como também departamentos de arte estruturados tanto na Europa como nos Estados Unidos".

Vamos ao trecho de hoje:
"[...] A humanidade é livre e, ainda assim, presa a um universo mecanicista; a arte pode revelar a unidade interna e contornar tensões racionais.
Talvez por essa razão a música tornou-se a maior das artes. Ele nos domina emocionalmente e, ainda assim, não pode ser facilmente analisada. Seu conteúdo vai além daquilo que podemos verbalizar." 

Qual o ser humano que não começa a bater o pé quando escuta uma música?! Se a música te desagrada você pode até fazer o controle, mas a vontade involuntária está lá...

A música que escutamos geralmente é selecionada pelo nosso humor, seja para manter a sensação, seja para buscar contornar a situação (o nostálgico que quer permanecer na sua nostalgia, o triste que faz da música sua válvula de escape).

Ela pode estar em inglês, espanhol ,francês, russo, japonês...ela vai causar algum efeito dentro de você. Por isso dizer que "não entendo o que essa pessoa tá cantando" não é desculpa para deixar de analisar a sonoridade de origem diferente da nossa.

A minha primeira experiência marcante com música foi 'Silence' do Jars of Clay. Eu ainda não conhecia tantas bandas/cantores como hoje, então obviamente minhas experiências hoje estão bastante ampliadas. Mas na época eu tinha 14 anos e como todo adolescente em suas crises em sua necessidade de se sentir compreendido, se sentia perfeitamente compreendido antes mesmo de entender o refrão que dizia "I got a question- Where are you?" (Eu tenho uma pergunta - Onde você está?). Independente do contexto, a música ia de encontro ao meu íntimo, e continua indo nas mais diversas situações. Não é sempre que conseguimos encontrar a música que vai de encontro a necessidade da alma, não quer dizer que a música não exista, apenas o mar de possibilidades não possibilitou esse encontro.

Eu gosto muito de uma letra bem poética, e numa melodia de qualidade tudo fica perfeito. Acredito que  isso é aplicado nas minhas músicas (mesmo por que foi assim que comecei a compor). Quando Switchfoot lançou o álbum "Hello Hurricane", que eu me deparei com a música "Your Love Is A Song" (meu inglês estava um pouco melhor hehe) - obrigada Switchfoot por cantar essa música no show *-*, simplesmente fiquei boquiaberta pensando "como não pensei em compor uma música assim antes". Apenas amo como de repente essa banda lança coisas que dizem exatamente como me sinto/penso e eu não pude expressar antes hahaha (foi mais ou menos a mesma coisa com Thrive do álbum Vice Verses)

Música é mais que passatempo. É uma necessidade. É claro que se em determinada situação não conseguir pescar sua música, faça do silêncio a música. Eu consigo me dar por satisfeita com o silêncio nessas situações, então fica a dica rs.

Para finalizar...você pode ouvir Rookmaaker aqui...

Silence aqui...

e Your Love is a song aqui...

tot de volgende [???]

Besos besos ;]

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